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Crônicas

Uma história sem ponto final



Eu na verdade não tenho noção de como vou começar a descrever o que passei, talvez se eu ganhasse uma chance de viver aquilo tudo de novo eu acabaria memorizando mais os detalhes e os guardando para sempre comigo. Provavelmente, ele já nem lembre de mim por que eu era mais uma entre mais de quarenta pessoas naquele condomínio.

Foi no verão, quando eu era jovem, tinha apenas 16 anos quando tudo aconteceu, eu viajei para o interior de Goiás. Lá tem tanta coisa para se ver, tanto o que aprender e muito o que aproveitar, mas desperdicei meu tempo apenas comigo, não me preocupei com ele e então ele se foi, voo. O tempo é bem lisonjeado quando vê que as pessoas não o aproveitam.

Quando o encontrei pela primeira vez foi na quadra de futebol, ele estava jogando com seus amigos e o meu primo foi lá para jogar junto com eles. Fiquei a observar de longe, não da mesma forma de hoje, por que naquele momento ainda não sentia absolutamente nada por você. Um pouco mais tarde, à noite, eu desci na piscina e avistei alguns moradores jogando vôlei, fiz questão de ir na piscina do lado, mas foi justamente você quem me convidou para jogar, então eu fui.

No dia seguinte nos encontramos mais uma vez, dessa vez eu estava acompanhada dos meus tios, dessa maneira nem nos cumprimentamos direito. Acredito que a única pessoa que conheci por lá foi ele, fora o pessoal que me acompanhou no parque. Era meu último dia lá e sem sombra de dúvidas eu queria ficar contigo, mas não sabia como com meus parentes ali.

Na manhã seguinte eu estava totalmente decidida que nos veríamos novamente e dessa vez seria para valer. Não houve próxima vez, desde então venho sofrendo com isso. Meus tios decidirão sair mais cedo, sair de madrugada – 4 horas da manhã – e eu voltei sofrendo, com o coração na mão e o arrependimento na mente. Eu deveria ter demonstrado e lutado por isso, por mais que não desse certo, ainda assim que eu levasse um fora, eu apenas teria tentado.
Talvez um dia uma chance de te ver possa surgir... talvez.

Imagem: We Heart It

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